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25 de mai. de 2014

Foi um adeus...


Estava relutante em escrever aqui sobre o fim. Eu sou uma mulher que não compreende finais não felizes de primeira, bom, isso era o que eu pensava até algumas horas atrás quando abri a página do blog e decidi que precisava pensar um pouco para escrever.


Minhas suspeitas estavam certas. Na próxima vez, não vou subestimar tanto meu sexto sentido e ficarei mais segura em mim mesma do que em outra pessoa. Na próxima vez vou dar créditos ao meu coração e tomar uma atitude correta, antes que algo tão trágico quanto meu coração ser partido em mil pedaços aconteça. 

Ele terminou comigo apenas alguns depois da sua partida. Entre muitas conversas, brigas, choros, pedidos e promessas, não posso afirmar ao certo o motivo que satisfaça o entendimento de todas as pessoas que nos acompanharam durante nosso relacionamento. Eu sei o motivo, estava estampado no meu rosto e eu não vi, ou vi e claramente ignorei porque estava feliz e achei que poderia amá-lo por nós dois. Esse erro é clássico. Ele não me amava. Nosso relacionamento era agradável perto, longe, impossível de realizar com a falta de ingrediente mais importante da vida. Amizade tinha de sobra, mas como estou ferida, não quero ser amiga ou muito menos ter algum tipo de contato além do estritamente necessário.

Hoje estou mais calma, porque cheguei a chorar e dizer coisas horríveis tanto pra mim quanto pra ele de forma que não estava sabendo lidar com meu coração partido. Não só por ele, mas, pelas minhas amigas mais próximas, que eu considerava irmãs. A primeira delas, simplesmente foi injusta, sempre soube que a nossa personalidade explosiva atrairia muitas brigas e justamente por amá-la demais decidi abri uma distância. Era desgastante todos os dias você ter que ter tato com alguém o tempo todo, que qualquer frase torta vira uma inquisição espanhola. E a outra, anos de amizade jogado no lixo pelo seu mais novo relacionamento.

Percebi que era a minha deixa de limpar meus olhos e nariz e seguir em frente. As pessoas no qual eu fazia questão de caminhar simplesmente abriram caminhos diferentes da minha vida, de maneira brusca, me deixando com os joelhos ralados. Estou além da decepção comigo mesma. Além do coração partido. Pela primeira vez nessa minha curta vida achei que tinha encontrado o cara que iria me levar até o altar e ser pai dos meus filhos. Estava certa - inferno, eu ainda o amo tanto que posso dizer essa opinião não mudou - que ele era o homem da minha vida. Meu amor por ele é tão grande que não parece um fim e sim que ele morreu. 

Essa agressão de estarmos com a vida separada, que acabou, não somos mais dois, que éramos nós e viramos um nó.

Sei que eventualmente eu vou superar, isso tudo é um processo longo e muito chato.
Foi um adeus.
E meu coração partiu.

10 de mai. de 2014

Parece um "adeus", mas pode ser um "até breve".

Sou uma pessoa naturalmente planejadora e controladora. Não fico com uma agenda na mão anotando e marcando cada evento da minha vida, sou até esquecida nesse quesito, mas tenho a infeliz mania de viver ansiosa hoje por causa do que planejei no amanhã. E na maioria das vezes, esses planos podem não acontecer ou são impossíveis, mas mesmo assim fico completamente louca sonhando e suspirando pela casa. E com essa mania, descobri que estar em um relacionamento adulto é muito mais difícil que imaginei. Ah, a felicidade dos primeiros meses não passou, na verdade, ainda me encontro uma mulher feliz. E inteira. Sei que por mais que doa, ainda vou me amar, vou chorar litros, mas vou sobreviver. 



Meu namorado decidiu mudar de estado, para procurar uma vida melhor pra si mesmo. Honestamente, fiquei completamente ferida: A vida melhor não está ao meu lado? Não posso culpá-lo ou julgá-lo por ser ambicioso e querer crescer na vida tanto profissionalmente quanto financeiramente. Minha mente e meu coração ainda não computaram essa informação. A felicidade que ele expressou e sentiu em viver tão longe me magoou muito. Já chorei tanto por sentir muitas coisas diferentes. Quero que ele seja feliz e bem sucedido. Quero que ele se encontre, se realize e se sinta bem. Quero ele perto de mim, quero uma vida a dois, quero construir uma vida ao seu lado, quero ser dele pra sempre. E como vou sobreviver a essa distância gigante? 

Estou triste, triste mesmo. Pode parecer egoísmo da minha parte, mas a minha dor vem do gigante de medo dele construir uma vida que eu não me encaixe nela. Que enquanto espero por ele aqui, conheça outra pessoa e decida que ela é a pessoa da sua vida. Que com sua nova jornada, com novos amigos, novo emprego e tudo mais, não tenha espaço no seu coração pra mim. É ridícula essa insegurança, porque é esse momento que todo amor dele está a prova. Estou certa, que por mais ciumenta e medrosa que sou, vou aguentar por ele, pelo desejo, por amar tanto que sou extremamente capaz que ele seja livre pra ser feliz. Isso vai rasgar meu coração todo ao meio. Faz parte da vida, não é mesmo?

Acordo e vou dormir nervosa, ansiosa, louca de saudade. Todo mundo diz que é pior nos primeiros dias, parece que terminamos, que nunca mais vou vê-lo. Talvez quando nos encontrarmos novamente, isso passe, mas até lá, fico olhando para minha casa vazia e minha agenda completamente livre com espanto e desespero. O que eu vou fazer agora? Pensei em retomar meus projetos, porém, como não foi por ele que dei uma pausa, não tenho condições de continuá-los. Meu tempo está tão livre que adotei um cachorro.

Na verdade, minha amigas estão mortas de preocupação comigo. Eu choro o tempo todo. Não é só por ele ter ido, é muito mais por ele, porque bom, com todos os muitos problemas graves ao meu redor, ele era minha companhia. Meu escape. Nós não pesávamos os problemas quando estávamos juntos, não ficávamos remoendo nada. Era apenas eu e ele. Diversão. Paz. Amor. Era mais leve levar minha vida tão louca com ele ao meu lado me trazendo equilíbrio. Meu namorado não era a minha muleta, jamais, nós apenas caminhamos juntos. 

Eu pensei que estava bom. Pensei que estava certo. Pensei que estava tudo feliz. E novamente, me encontrei errada. Se ele se foi para buscar algo melhor significa que nada que estava enxergando era verdade. E que talvez o meu "até breve" pode ter sido um adeus.



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